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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Exubérance- O Boticário

  O post de hoje é mais do que especial, é histórico. No dia 13 de outubro de 2014 abro o meu e-mail e leio uma mensagem inesperada e surreal que me dizia que eu seria a dona de um vidro do lendário perfume Exubérance, que O Boticário lançou no final dos anos 80(88 ou 89?).Frasco intacto, de colecionador, perfeito e com 80% de perfume preservado em seu interior.
Eu quase não pude acreditar nesta preciosidade que me chegava às mãos por intermédio do querido amigo Wagner, a quem venho agradecer por não ter se esquecido do meu pedido...Muito obrigada!


  O post é longo(e caduquinho, um pouco repetitivo, sabe?) mas eu preciso falar tudo sobre isso. Vem que tem!

  Falar sobre esse perfume é um prazer e um desafio também. Eu tenho aqui no blog um post dedicado ao Boticário onde cito os saudosos perfumes das décadas de 80 e 90 que eles fizeram o "favor" tenebroso de descontinuar. 
 Há muitas pessoas que reclamam dessas descontinuações em série mas nenhum dos perfumes da casa é mais desejado, lembrado, idolatrado e querido do que este. Quem o conheceu jamais o esqueceu.
  O primeiro contato que tive com esse perfume foi quando eu estava no ginásio e já usava os demais perfumes do Boticário citados. Lembro que houve seu lançamento e ele chamava muito a atenção como objeto de desejo das pré-adolescentes(de todo mundo na verdade mas quem tem 11, 12 anos quer ter 16, 17, 18) porque era um perfume mais sexy, mais voltado pra meninas quase mulheres. 
  Ele causou furor mesmo, a começar pelo frasco diferente, ousado, fabuloso. Opaco e leitoso, feito em opala com a pesadíssima tampa em pedra sabão, tinha ainda a etiqueta marmórea com o nome gravado.Lindo! Um show de design.Lembro também que era um pouco mais caro que os demais, talvez por conta do frasco mesmo.
  Aí, uma amiga resolveu participar do concurso Garota O Boticário, que ocorreu no ano de 1989, se não me falha a memória, e acabou não ganhando o concurso(quem ganhou foi a Cuca Lazarotto, que dois anos depois faria sucesso como VJ da MTV no Brasil) mas as garotas participantes ganharam, todas, o Exubérance como prêmio. Essa foi a primeira vez que o senti.
  Como a gente lamenta não guardar determinadas coisas...Eu sou do tipo que não suporto juntar velharias, guardo só o indispensável,mas os frascos do Exubérance e do Goldie eu senti não tê-los mais...
  Sabemos que a empresa, principalmente naquele tempo, fazia suas fragrâncias tendo como base inspiradora (não eram cópias) os mais famosos perfumes importados. Na época eu não sabia disso, eu era criança e depois adolescente, e segui usando as fragrâncias que eu mais gostava sem saber dessa associação.
  O meu preferido sempre foi o Goldie, baseado no Poison da Dior, o lindo Annete, que era o Anaïs Anaïs brasileiro, também o Malitzia, baseado no Giorgio Beverly Hills (fatos estes que só descobri bem mais tarde) e o Exubérance, o único que, até este ano,eu não sabia de fato em qual perfume havia sido inspirado.
  O problema é que não fui só eu. Parece que ninguém sabia que perfume era esse que havia servido de base para a feitura do Exubérance.
 Na internet há muitas reclamações sobre seu sumiço das prateleiras, principalmente no blog do Cris Bazoni, foco da maior concentração de pessoas falando sobre o assunto:
http://odorataparfums.blogspot.com.br/search/label/Exub%C3%A9rance
  O que eu lia era sempre a mesma coisa: " Amo esse perfume! Usei muito, é o perfume da minha vida, é perfeito, tenho saudades, daria tudo para tê-lo de novo, não me conformo com sua retirada do mercado" e..."Nunca conheci perfume igual na minha vida, sequer parecido!".
  Pronto, nunca ninguém sabia indicar um perfume que se parecia um pouquinho que fosse com o Exubérance, e assim íamos caminhando sem poder socorrermo-nos de uma fragrância importada que pudesse suprir a falta que ele nos faz.
  Tal assunto tornou-se uma pequena obsessão pra mim pois eu precisava descobrir, pra mim mesma e pra quem mais pudesse interessar, qual era esse perfume. Tratava-se de uma prestação de serviço social perfumístico, hahaha!
  Até que um dia conversando com a Vanessa Anjos (já em 2009!!) sobre esse tema que surgiu no seu site, "Perfume na pele", eis que ela traz uma luz à questão. Ela disse que ainda tinha um frasco guardado com cerca de 2 ml da fragrância e que o único perfume que ela achava que tinha alguma coisa do Exubérance era o Montana Parfum de Peau, que eu desconhecia. 
  Então eu perguntei se era igual a esse tal Montana e ela disse que igual, igualzinho não mas que eram muito semelhantes nas notas de saída.
  Toca ir atrás do Parfum de Peau! Não querendo esperar muito a chegada de uma encomenda internacional, acabei por comprar aqui no Brasil mesmo uma miniatura do dito cujo.
  Quando eu senti esse perfume eu fiquei enlouquecida!! Sim, parecia demais o Exubérance mas era mais forte, mais seco, mais incensado, assabonetado, "over" mas muito bem construído. Um bloco aromático da mais estupenda qualidade. Aquele elixir oriental e quente exalava na pele de modo tão envolvente que eu caí de amores e estupefação.
  Parti para a inevitável compra de um frasco grande daquela jóia da perfumaria, daquele escândalo alucinante em forma de perfume. E assim sou até hoje apaixonada por ele.
  Agora falo da questão que envolvia os perfumes que o Boticário fazia nos anos 80 e 90 e que fez com que eu, sentindo somente o Peau não tivesse "batido o martelo" sobre o fato de ter sido ele o perfume inspirador do Exubérance.
  É o seguinte. Como já citei, O Boticário não fazia a cópia perfeita do perfume importado base. E não, não é só saudosismo e idolatria. Eu sempre disse isso e continuo achando que os perfumes que O Boticário fazia eram melhores que suas inspirações porque ele usava mesmo uma fragrância como referência mas dava um toque diferenciado as suas composições.
  Quase todos eles eram mais ,não sei se suaves é a palavra certa, mas mais agradáveis mesmo, sem aspectos afiados, agudos, exagerados e focados em aldeídos, por exemplo. Longe disso, cada fragrância lançada era abrasileirada, talvez para funcionar melhor em nosso clima, não sei.
  Por esta razão eu tive uma certa dificuldade em aceitar que meu amado e gentil Annete (aquele do frasco marrom e fosco com tampa prata) era baseado no Anaïs Anaïs, porque Annete era melhor! Obviamente não me refiro às matérias-primas( como competir com Dior e outras g rifes de peso nesse aspecto?) mas ao aroma final mesmo. Tão cremoso, redondo, com cheiro de limpeza floral, de creme hidratante e assim...delicadíssimo!! Descobri que o Anaïs Anaïs vintage sim era lindo (e portanto mais perto do Annete antigo) e não o fabricado hoje em dia.
  O Goldie era o perfume de absinto perfeito! Doce acolhedor, quente como um abraço encantado e sem aquela sinteticidade que parece dominar o Poison, que acho maravilhoso, diga-se de passagem, mas Goldie era Goldie...
  Então, o Exubérance é o Parfum de Peau, eu venho aqui pra confirmar isso pra vocês, pra por fim a esse mistério, pra dar ao leitor interessado a chance de ainda acessar essa fragrância de alguma maneira. Era isso que eu precisava, acabar com essa dúvida, esse suspense, essa coisa horrorosa de ficar pedindo ao Boticário o relançamento da fragrância (se fossem espertos já o teriam feito!).
  Assim, como os exemplos citados acima, o Exubérance também, como perfeitamente descreveu a Vanessa Anjos (obrigada, Vanessa!!), é todo Parfum de Peau, principalmente na saída, mas nas suas notas de base e na própria evolução já percebemos uma diferença (bem sutil, ok?) que é uma composição mais frutal. Sim, Exubérance tem o seu desenrolar na pele mais leve e mais "jovem", mais alegre e colorido, voltado para uma luminosidade advinda de frutas, que eu arriscaria dizer serem tropicais, enquanto o Parfum de Peau foca muito no couro, no mel e no incenso (notas também presentes no brasileiro).
  Eu gosto de tentar descobrir as notas dos perfumes antes de consultar suas pirâmides, que é pra ver se acertei. 
  Quando soube que ia receber meu Exubérance, lembrei de uma conversa que tive com o Cris (Bazoni), quando ele disse que tinha um encarte do antigo Boticário onde constavam as notas de todos esses perfumes lendários. Então pedi pra ele me passar e ele passou as fotos desse catálogo e vejam só a descrição que o Boticário deu para o Exubérance:

"Uma delicada combinação de essências naturais com nuances chypre, notas de tuberosa, jasmim, musgo de carvalho e tons frutais". Tons frutais!!!!!!

  Depois de me apaixonar perdidamente (e não ficar sem) pelo Parfum de Peau, eu fui conhecendo alguns perfumes que consegui associar a ele, enfim, perfumes que acho muito parecidos,embora ele seja bem, mas bem superior a estes que citarei (comparem suas pirâmides olfativas e percebam as semelhanças das notas):

Parfum de Peau(Montana): Criado em 1986 pelo insuperável Jean Guichard, é uma fragrância assabonetada, incensada, intensa e intoxicante numa mistura poderosa de flores, frutas,especiarias, incenso e couro.

  • notas de saída: amora, gengibre, flor de laranjeira,pimenta, malmequer e groselha negra
  • notas de coração: patchouli, narciso, rosas e jasmim
  • notas de base: incenso, almíscar, âmbar e couro

Animale: Criado em 1987, este perfume é quente e bem forte, por isso é necessário usar muito pouco para que ele fique "bonito" na pele e não uma tragédia. Focado em notas de couro e mel, tem facetas arredondadas e enfumaçadas, formando uma espécie de aura pesada ao redor de quem o usa.Fez um sucesso estrondoso no final dos anos 80.

  • notas de saída:bergamota, neroli, jacinto, notas verdes,coentro e jacarandá
  • notas de coração:ylang-ylang, jasmim, raiz de íris, cravo,mel, rosas e lírio-do-vale
  • notas de base: coco, patchouli, almíscar, civeta, musgo de carvalho e vetiver

Rumba(Balenciaga): Criado em 1989menos doce que o Animale, Rumba foca mais no couro mesmo, é um perfume seco e com pontas mais afiadas e bem enfumaçado.Ele realmente é invasor, logo, costuma ser rejeitado. No caso é preciso ser usado mesmo em doses extremamente sutis.

  • notas de saída:flor de laranjeira, ameixa, morango, pêssego,manjericão e bergamota
  • notas de coração: mel, magnólia, gardênia, tuberosa, cravo,orquídea, lírio-do-vale, heliotrópio, malmequer e jasmim
  • notas de base: couro,sândalo, âmbar, fava tonka,patchouli, cedro, musgo de carvalho,baunilha, almíscar e styrax.
  Parfum de Peau, Animale e Rumba são semelhantes mas não iguais. E minha ordem de preferência por eles é essa. Eu sempre digo que apenas uma nota a mais, a menos ou em concentração diferente pode mudar tudo! E muda mesmo. 
  Só depois de sentir, usar, observar, deixar evoluir na pele, eu associei o Exubérance, não seu todo mas somente o drydown, a um outro perfume mais recente, criado em 2007, que é o Montaigne de Caron, criação de Richard Fraysse e cuja pirâmide olfativa é essa:

  • notas de saída:jasmim, coentro, laranja amarga,mimosa e tangerina
  • notas de coração:narciso e groselha preta
  • notas de base:sândalo, âmbar e vetiver
  Quem conhece sabe que é um perfume intenso, bem doce, abafado e que pra mim lembra na evolução aroma de borracha perfumada. É um pouco enjoativo até mas me fez lembrar o adocicado  que sinto no Exubérance.
  Falando somente agora do Exubérance, é dessa maneira que eu o sinto: floral branco oriental e apimentado entrecortado por cravo numa base amadeirada e adocicada que vai se apresentando ao longo do drydown. Bastante macio, eu sinto o tempo todo, desde a saída, a nota de ameixa acompanhada de incenso, couro e mel. Lindissímo!
  Além das notas declaradas pelo Boticário que compunham o Exubérance(jasmim, tuberosa,musgo de carvalho e tons frutais) eu apostaria em patchouli, baunilha, cravo(certeza)e frutas como ameixa(certeza),laranja e groselha negra.
  Por fim, o que tenho a dizer é : O sonho não acabou! Comprem o Montana Parfum de Peau e sejam felizes!



                                        Exubérance

                                   No santuário de opala  
                                   Repousava a líquida cabala
                                   O cimo de pedra sabão
                                   Coroando o mítico dragão
        
                                   Enamorou-se a tímida baunilha                  
                                   Do chypré musgo de carvalho
                                   A união foi selada pelo incenso
                                   Com alianças de sândalo e cravo

                                   De padrinhos, os gêmeos Castor e Pólux
                                   Brincavam num carrossel repleto de jasmim
                                   Ornamentados por ylang-ylang e tuberosas
                                   Recitavam um poema em mandarim

                                   Pegadas num pântano de patchouli 
                                   Marcavam o caminho pra lua de mel
                                   De Santelmo reluzia o fogo 
                                   Entre as asas negras de um corcel

                                   A viagem noturna guiada pelo animal alado 
                                   Seguiu sob densa atmosfera ardente
                                   Civeta e couro surgiram lado a lado
                                   Unindo-se em um dipolo-permanente

                                 
                                   Saboreando doces ameixas e groselhas
                                   Sob o som de harpas e violino
                                   Fizeram juras de amor eterno
                                   Brindando com licor de marrasquino

                                   Declaração de amor gravada em madeiras doces
                                   Com a seiva de carnais rosas aveludadas
                                   Até hoje permanece indecifrável o segredo
                                   Escondido em suas moléculas sagradas


  Link para o post do Boticário onde falo sobre os produtos antigos da marca, sobre as descontinuações e apresento material em fotos e vídeos dos anos 80 e 90.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Mesa redonda 9: Jour d´Hermes

  "O aroma da realeza: príncipes, princesas e perfumes." 
  O tema da mesa redonda de dezembro foi proposto pela querida Priscila Lini ,do blog Parfumée.
  Alguns perfumes poderiam ser atribuídos à realeza mas eu decidi eleger um aroma que me impressionou desde que o conheci. Um perfume da casa Hermés que, com toda sua tradição e qualidade, não decepcionou: Jour.
  Lançado no ano de 2013 e criação de Jean-Claude Ellena, Jour exala entre suas notas delicadas e de rara combinação um aroma superior, indiscutivelmente requintado. Ele traz uma mistura de caráter herbal que tangencia o conceito floral cítrico sem que se defina como um ou outro. 

  Sua pirâmide olfativa é a seguinte:

  • notas de saída: toranja, limão e notas aquáticas
  • notas de coração: notas verdes, flores brancas, gardênia e sweet pea
  • notas de base:almíscar e notas amadeiradas

  É nesse conjunto elegante de componentes que a fragrância revela aos poucos, durante sua evolução, uma faceta inesperada, levemente pesada e até mesmo empoeirada, que remete a cheiro de bolor e umidade. Nada contra, adoro essa característica nos perfumes.
  A fixação é muito boa e a expansibilidade idem. Creio que a fragrância passe uma mensagem de suavidade, mas na verdade este é um perfume intenso, focado bastante nas notas verdes e que deve ser usado com parcimônia para que a sinfonia equilibrada de suas notas possa ser apreciada com o cuidado que merece ser dispensado a ele.
  Assim, o refinamento deste aroma parece estar ligado a atmosferas frias, quase geladas,que remetem a musgos vivendo sob um céu cinzento. Para altas latitudes, Jour é mais que taiga, é quase tundra.




                                            Jour

                           Dagmar e Alexandre
                           Alexandra e Nicolau
                           Cinco herdeiros e um destino
                           Vida diamante, e morte de citrino

                           Nada parecia dar errado para a poderosa dinastia
                           O sangue eslavo dominava até o bruto alemão
                           Formando o amálgama da ortodoxa autocracia
                           Num bab´e leto* que nunca chegou a ser verão
                           
                            Todos sabiam que o maior tesouro da nobre corte 
                            Repousava nos genes de cada grã-duquesa
                            Olga, Tatiana, Maria e Anastásia
                            Encarnavam o puro odor da realeza

                            Algo assim como douradas folhas de bétula
                            Matizadas por líquens em frias notas d´água
                            Taiga verdejante de límpida floresta boreal
                            Sol da meia-noite em um frasco de cristal

                            E era entre pérolas e safiras que reinava a czarina
                            Sob um nevoeiro de almíscar e madeiras pesadas
                            Era o bafejo do terrível mago Rasputin
                            Que soprava do Rio Neva com suas águas geladas 

                            No palácio imperial a vida transcorria calma e serena
                            Até que a foice bolchevique feriu cada rosa do jardim
                            Era a Revolução Russa que impiedosa e violenta
                            Tingia de rubra a tão alva Rússia de marfim 
                               
                            As fúnebres flores brancas trouxeram um recado
                            Não havia saída nem ao norte nem ao sul
                            Pois o tempo de suas vidas sempre esteve marcado
                            No misterioso Relógio da serpente azul


bab´e leto: período curto de calor durante o outono russo, quando já devia estar fazendo frio. Veranico.
                                                               
  Jour d´Hermes é uma jóia e como tal poderia ser representado por outras jóias espetaculares, como os famosos ovos Fabergé, ricos por fora e por dentro, cuja tradição marcou a nobreza russa absolutista do século XIX e início do século XX, pertencentes à dinastia Romanov, e que alçaram o joalheiro Peter Carl Fabergé à fama perpétua. Nicolau II, mantendo a tradição paterna, encomendava dois ovos Fabergé por ano, uma para sua mãe e outro para sua esposa, Alexandra.
  E é justamente à peculiar nobreza russa Romanov que eu associei o aroma de Jour, com toda sua imponência e sofisticação mas que carrega no fundo de sua composição um toque sombrio e enigmático.
                                         
                                                     Família Romanov

                                                 Tatiana, Anastásia, Alexei, Maria e Olga Romanov
 A bela criança Marie Romanov.
Anastásia Romanov, quase uma lenda.
Palácio de Alexandre, residência oficial dos Romanov em São Petesburgo
O palácio de verão dos Romanov
Ovos Fabergé ( jóias da corte czarista). Este contém um relógio Vacheron Constantin em seu interior.
Ovo "Pedro, O grande"
Ovos "Senhora e Lírios", "Transiberiano" e "Palácio Gatchina"
 
                       
                     
                                                               O ovo "Relógio da serpente azul"
                                              

  Os blogs participantes da rodada desse mês de dezembro estão listados abaixo para que o leitor possa conhecer a visão de cada colega sobre o tema. Vale sempre a pena visitá-los!
  1. Beth do site "Perfume Bighouse"
  2. Carla do blog "Pimenta e Vanilla"
  3. Cris Bazoni do blog 'Odorataparfums"
  4. Cris Nobre do blog "Templo dos perfumes"
  5. Diana do blog "A louca dos perfumes"
  6. Priscila Lini do blog 'Parfumée"